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sexta-feira, 22 de maio de 2015

A viúva, o papagaio, o cão e a luz, 5ºC




Ali Babá em três atos, 6º B



 I Ato


Personagens

Qassem
Qoja Hussein
Xainaz
Ali Babá
Morjana
Mustafá
Bandido
Estalajadeiro
Abdalá
Nuredine


  cena I  

(Qassem encontra-se numa gruta no sopé de uma montanha. Está preso e não sabe como sair, porque se esqueceu da fórmula mágica.)                                                     
Qassem (desesperado) - Abre-te, cevada! Abre-te, trigo! Abre-te, painço! Nada! Nada de nada! Ai, Alá que azar... Querem vocês saber que eu não consigo lembrar-me da fórmula mágica para abrir a gruta! Como é que eu vim parar a esta situação? Ora tudo começou, quando a minha mulher, Xainaz, me contou que Feiruz tinha ido lá a casa pedir uma rasoira emprestada e esta tinha voltado com uma moeda colada ao fundo, colada na gordura que a minha mulher tinha deixado quando passou com um pano no fundo da vasilha. Eu fui falar com o meu irmão, ele disse-me que tinha encontrado um esconderijo de ladrões e deu-me as indicações onde ele se localizava. No dia seguinte, logo de manhã, eu fui à gruta e disse a fórmula mágica e, como o meu irmão me tinha dito, consegui que ela se abrisse e entrei.
                                       

 cena II

(Chegam os bandidos à gruta e encontram Qassem.)
Qoja Hussein (zangado) – Abre-te Sésamo... Quem és tu? Como é que tu entraste? Agora vais morrer!
Qassem (com medo) – Não, não me mates! Pelo amor de Alá! Não... Ahhhhhhhh!
Bandido – Onde iremos esconder o cadáver, meu senhor?
Qoja Hussein – Pomos a cabeça de um lado e o corpo do outro, para desencorajar quem por aqui passar.                                        


 cena III

(Xainaz vai ter com Ali Babá a sua casa, preocupada com a ausência do marido.)
Xainaz (desesperada) – Onde estará o meu amado?                      
Ali Babá - Também não sei, já não o vejo há imenso tempo! Vou à procura dele. O que se passou aqui? Ai, Alá, o meu irmão decapitado! Vou levá-lo para casa.


 II Ato


    Cena I

(Morjana encontra-se com Mustafá para resolver o problema criado com a morte de Qassem.)


Morjana – Tenho um serviço a pedir-lhe, será bem pago com estas moedas.
Mustafá (alegre) – Se serei tão bem pago, aceitarei com muito gosto.
Morjana – Traga o seu material e venha comigo de olhos vendados.
Mustafá (desconfiado) – Porquê, jovem? O serviço é desonesto?
Morjana – O que vai fazer é desagradável, mas não será nada de mal.
Mustafá – Vamos, eu confio em si.
Morjana – Tem de coser esta cabeça ao corpo. Não há tempo a perder! Quando terminar dou-lhe mais moedas.
Morjana – Está tudo pronto para o funeral de Qassem. A cabeça dele já está junto ao corpo.
Ali Babá – Então vamos prosseguir com o funeral.
             
                                              Cena II

(Em casa de Qassem, Ali Babá encontra-se com Xainaz.)

Ali Babá – Vim aqui a tua casa para te pedir em casamento, não haverá problema com Feiruz ela própria me prometeu.
Xainaz – Aceito com muito prazer, mas a tua casa é muito pobre por isso vem viver para a minha casa com a tua família.

                                          Cena III

(Ainda na gruta, os bandidos planeiam a morte dos invasores.)

Qoja Hussein (severo) – Alguém entra e sai do nosso esconderijo quando lhe apetece!
Bandido – É preciso encontrar esse intruso e castigá-lo.
Qoja Hussein - Um de nós vai descer à cidade disfarçado de mercador para descobrir quem é que nós matamos!
Bandido – Tiramos à sorte?!
Qoja Hussein – Claro que não!
Bandido – Eu vou, mas se falhar serei decapitado pelo mais velho de nós.
Qoja Hussein – Assim foi dito e assim será feito.
Bandido (à parte) – Vou  preparar-me e descer para a cidade.

Cena IV

(Na cidade, o bandido procura informação sobre os invasores e dirige-se a Mustafá, o sapateiro.)

Bandido – Bom dia, meu senhor! Como vai a vida?
Mustafá (tagarela) – Nem imagina o que me aconteceu, há algum tempo cosi um morto.
Bandido – Leve-me ao local onde coseu o morto. Pagarei bem!
Mustafá – É esta casa!
Bandido (à parte) – Vou marcar esta casa com uma cruz para mais tarde a reconhecer. Agora vou voltar para a gruta.
Qoja Hussein – O plano funcionou?
Bandido – Está tudo pronto. Podemos voltar à casa que eu marquei.
Morjana – Que sinal é este? Terão bandidos marcado esta casa? Vou fazer sinais iguais nas casas ao lado e assim não poderão reconhecer esta casa.
Qoja Hussein – Por que há várias casas marcadas?
Bandido (nervoso) – Não sei! Fui enganado.
Bandido (à parte) – Vou ser decapitado!

Cena V

(Novamente na gruta, os bandidos traçam um novo plano.)

Qoja Hussein – Tenho um plano! Nós vamos precisar de mulas e odres. Vão até à cidade e comprem aquilo de que precisamos.
Qoja Hussein (à parte) – Vou pôr o meu plano em marcha.

Cena VI

(Em casa de Qassem, a nova casa de Ali Babá, no pátio à noite.)

Qoja Hussein – Boa noite, meu senhor, sabe de algum sítio onde eu possa pernoitar?
Ali Babá – Não vai encontrar o que procura por isso passe a noite em minha casa, a minha criada Morjana ficará à sua disposição.
Morjana – Vou acompanhá-lo até ao seu quarto, meu senhor.
Morjana (à parte) – A minha lamparina apagou-se, vou buscar azeite aos odres das mulas do mercador.
Bandido (no odre) – Chegou a hora?
Morjana (à parte) – Deve ser uma conspiração contra o meu amo. Em cada odre está um ladrão que eu vou matar com azeite a ferver. Agora vou esconder-me e esperar a ver o que acontece.
Qoja Hussein – Ai, Alá! Os meus companheiros estão todos mortos, mas eu hei de vingar-me!


 III Ato

                       
cena I

(Da gruta para a cidade, Qoja Hussein traça mais um plano.)

Qoja Hussein – Tenho de arranjar um novo plano. Já sei! Vou arranjar um balde XXL com cobras. Hum, é melhor não, à noite há muitos hipnotizadores de cobras. Já sei! Vou disfarçar-me de mercador e vou à cidade saber as notícias falando com o estalajadeiro.
Estalajadeiro – Bom dia! 
Qoja Hussein – Bom dia, podia alugar-me um quarto?
Estalajadeiro – Claro, venha comigo para eu lhe mostrar o quarto.
Qoja Hussein – E enquanto me mostra o quarto, pode informar-me das notícias da cidade?
Estalajadeiro – Com certeza, ontem o filho da Sherazade abriu uma loja e aquela loja, que vê ali é de Nuredine, que sucedeu ao seu tio Qassem que morreu há algum tempo. Está a ver aquele homem a sair da loja? É o pai de Nuredine, Ali Babá.
Qoja Hussein (à parte) – Vou alugar uma loja na praça. Vou à loja de Nuredine e torno-me amigo dele.

Cena II

(Na praça, Qoja Hussein aborda Nuredine.)

Qoja Hussein – Bom dia, chamo-me Abdulah e tenho uma loja, mesmo ao lado da sua.
Nuredine – Bom dia, chamo-me Nuredine e fico feliz por tê-lo aqui ao lado.
Qoja Hussein (à parte) – Após tanto trabalho consegui o que queria, tornei-me amigo de Nuredine.

Cena III

(Em casa de Ali, depois de um dia de trabalho.)

Ali Babá - Então, filho, tens novidades?
Nuredine - Sim tenho, nas últimas semanas tenho vendido muitos perfumes e alguns tecidos e também arranjei um novo amigo, chama-se Abdulah.
Ali Babá – Fico muito orgulhoso, convida-o para ir lá a casa, mas de modo natural.
Nuredine – Concordo, vou levá-lo a passear e quando passarmos em tua casa convido-o a entrar para jantarmos.

Cena IV

(Na rua, em frente à casa de Ali Babá.)

Qoja Hussein – Mas que belo passeio! Deste-me a conhecer toda a cidade, muito obrigado. 
Nuredine – De nada. Esta é a minha casa e eu convido-te a entrar.
Qoja Hussein – É melhor não, já está a ficar tarde.
Nuredine – Entra, há muito tempo que o meu pai te queria conhecer.
Qoja Hussein – Sendo assim, seria uma honra conhecer o teu pai.
Ali Babá – Este é o teu amigo de que tanto me falas?
Nuredine – Sim, é pai, Abdulah, apresento-te o meu pai, pai, apresento-te o Abdulah.
Ali Babá – Prazer em conhecer-te.
Qoja Hussein – Igualmente.
Ali Babá – Convido-te a jantar connosco.
Qoja Hussein – Seria um incómodo para vocês, além disso não gosto de comida com sal.
Ali Babá – Não há problema, eu peço a Morjana para fazer um prato à parte sem sal.
Qoja Hussein – Nesse caso pode ser.
Nuredine – Ótimo, vamos para a mesa.
Ali Babá – Morjana, prepara uma refeição à parte sem sal.
Morjana (à parte) – Que estranho, quem é tal convidado que não gosta de sal, quando o sal é o símbolo da amizade?

Cena V

(Em casa de Ali, durante o jantar.)

Morjana (à parte) – Vou à sala ver quem é o tal desgraçado que não come sal. Ah!!! Este é o bandido que matou Qassem e que agora está a tentar matar Ali Babá.
Abdalá – O que se passa, Morjana? Estás tão pálida!
Morjana- Nem sabes o que vi. O bandido que matou o nosso amo Qassem e que agora está a tentar matar Ali Babá está cá em casa.
Abdalá – E agora?
Morjana – Não te preocupes, a Morjana resolve!
Ali Babá – Gostaram do jantar?
Nuredine e Qoja  Hussein – Estava delicioso.
Ali Babá - Morjana, vem dançar um pouco para nós.
Morjana( a dançar e a cantar)- La , le,lu dá-me uma moeda, querido amo.
Ali Babá (estendendo a mão) - Aqui tens.
Morjana (a dançar e a cantar) -Lu , le ,la dá-me uma moeda, querido Nuredine.
Nuredine (estendendo a mão) – Aqui tens.
Morjana (a dançar e a cantar com um punhal) – La, le, dá-me o teu coração. Zás!!!
Qoja Hussein (a morrer) – O que fizeste…
Nuredine – Por amor de Alá…
Ali Babá – Porque o mataste, Morjana?
Morjana – Ele era o bandido que matou Qassem e agora queria matá-lo. Veja com os seus olhos.
Ali Babá e Nuredine – Tens razão.
Ali Babá – Morjana, resolveste o caso, estou muito grato. Como recompensa gostava muito que te juntasses à minha família, o casamento entre ti e o meu filho seria uma grande dádiva, se tu e Nuredine aceitarem.
Nuredine e Morjana – Seria uma honra.
Ali Babá – Ótimo, vou tratar de tudo.

Cena VI

(Em casa de Ali, no dia do casamento de Nuredine e Morjana.)

Ali Babá (à parte) – Com isto tudo chegou o dia do casamento do meu filho e da minha nora. Estava tudo deslumbrante, flores aqui e flores acolá. Estive a falar com o meu filho sobre o papel que a Morjana desempenhou nesta história e disse também que ia levar Nuredine e Morjana à gruta para ele mesmo dizer a fórmula secreta e para ele usar o tesouro com responsabilidade e moderação. E se precisarem de ajuda liguem à Morjana, que a Morjana resolve.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Ali Babá ou Morjana e os 40 ladrões pelo 6ºD









http://www.myebookmaker.com/books.php?u=17381&popid=20125

«Let there be light», que é como quem diz HAJA LUZ!














Instalação Luz e Cor
 Os sétimos E,F e G e oitavos D e E na disciplina de Educação Tecnológica estudaram alguns objetos técnicos, como resultado das respostas a necessidades concretas do Homem.
Fizeram o seu estudo morfológico,estrutural, funcional e técnico.Pesquisaram acerca da sua história e evolução ao longo do tempo.
Como trabalho de grupo detiveram-se sobre a CADEIRA. Encontraram algumas que pudessem ser transformadas,decoradas ,reutilizadas e alvo de intervenção.
Com as cadeiras personalizadas, trabalhadas com técnicas de desenho, pintura, colagem, e técnicas mistas com a utilização dos mais diversos materiais surgiu a ideia da instalação « Luz e Cor».
Esta encontra-se exposta no exterior da Escola André de Resende e enquadra-se no Ano Internacional da Luz.
É um trabalho com luz, cor,sombra,textura e mensagem.
Agradecimentos:
Material - Professoras Cristina Maia e Isabel Gancho.
Montagem  -Sr.Rui Farinha,Professores José Códices,José Roupa e Cristina Augusto.
Alunos  -Luís Santos,Paulo Vilalva,Gonçalo Miguéns e Tiago Antunes
Coordenação - Patrícia Lucas Antunes
 
 

 
Exposição Candeeiros
Inserido no Ano Internacional da Luz,os alunos dos sétimos E,F e G e oitavos D e E na disciplina de Educação Tecnológica foram desafiados a criar, reutilizar ou transformar CANDEEIROS.
Fizeram pesquisas , esboçaram ideias ,listaram  materiais, treinaram operações , experimentaram técnicas.
Compararam o resultado final com o projeto anteriormente desenhado, nuns casos dececionaram-se e fizeram mais experiências, noutros surpreenderam-se com as potencialidades dos materiais ou aperfeiçoaram algum pormenor...acima de tudo experimentaram , confrontaram ideias, viram nascer soluções e capacitaram-se de mais ferramentas que permitem SABER PENSAR e SABER FAZER.
Como resultado do seu trabalho apresentam no polivalente uma exposição coletiva.

Exposição no Museu de Évora «A luz na pintura» - Convite para inauguração - dia 21 de maio, 17:00h