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segunda-feira, 31 de outubro de 2016
Pão por Deus pelo 5ºF
Pão por Deus
(Datas Festivas)
Pão
por Deus: uma tradição muito nossa
Fala-se
muito do dia das Bruxas ou do Halloween, predominante nos países
anglo-saxónicos, em que as crianças batem às portas pedindo “treat or tricks”
(doces ou travessuras) mas em Portugal temos uma tradição muito semelhante e
antiga: o Pão por Deus.
Em
Portugal, no dia 1 de Novembro, Dia de Todos-os-Santos, as crianças saem à rua
e juntam-se em pequenos bandos para pedir o Pão-por-Deus (ou o bolinho) de
porta em porta. O dia de pão-por-deus, ou dia de todos os fiéis defuntos, era o
dia em que se repartia muito pão cozido pelos pobres.
Quando
pedem o pão-por-deus, as crianças recitam versos e recebem como oferenda pão,
broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, tremoços, amêndoas ou castanhas, que
colocam dentro dos seus sacos de pano, de retalhos ou de borlas.
Em
algumas povoações da zona centro e estremadura chama-se a este dia o ‘Dia dos
Bolinhos’ ou ‘Dia do Bolinho’. Os bolinhos típicos são especialmente
confecionados para este dia, sendo feitos com base de farinha e erva-doce com
mel (noutros locais leva batata doce e abóbora) e frutos secos como passas e
nozes. São chamados "Santorinhos".
São
vários os versos para pedir o Pão por Deus:
Ó tia, dá Pão-por-Deus?
Se o não tem Dê-lho Deus!
Ou então:
Pão por Deus,
Fiel de Deus,
Bolinho no saco,
Andai com Deus.
As
crianças e os adultos que participam nos peditórios representam as almas dos
mortos que «neste dia erram pelo mundo», quando pedem pão para partilhar com as
almas. O pão por Deus é uma oferenda que se faz às próprias almas.
Alguns exemplos destas tradições pelo
país:
·
Em
Barqueiros, Conselho de Mesão Frio, à meia-noite do dia 1 para 2 de Novembro,
arranjava-se uma mesa com castanhas para os parentes já falecidos comerem
durante a noite, “não devendo depois ninguém tocar nessa comida, porque ela ficava
babada dos mortos”.
·
Na
aldeia de Vila Nova de Monsarros, as crianças faziam os "santórios",
recebiam fruta e bolos e cada criança transportava uma abóbora oca com figura
de cara, com uma vela dentro.
·
"Em
Roriz não se chama Pão por Deus, nem bolinhos, nem santoros à comezaina que se
dá aos rapazes no dia de Todos os Santos ou de Finados. O que os rapazes vão
pedir por portas, segundo lá dizem, é — os fiéis de Deus."
·
Nos
Açores dão-se “caspiadas” às crianças durante o peditório, bolos com o formato
do topo de uma caveira, claramente um manjar ritual do culto dos mortos.
Esta
atividade é também realizada nos arredores de Lisboa. Antigamente relembrava a
algumas pessoas o que aconteceu no dia 1 de Novembro de 1755, aquando do
terramoto de Lisboa, em que as pessoas que viram todos os seus bens serem
destruídos na catástrofe, tiveram que pedir "pão-por-deus" nas
localidades vizinhas que não tinham sofrido danos.
Com
o passar do tempo, o Pão por Deus sofreu algumas alterações, e os meninos que
batem de porta em porta podem receber dinheiro, rebuçados ou chocolates.
Fonte: Wikipedia
terça-feira, 25 de outubro de 2016
segunda-feira, 24 de outubro de 2016
«Livros à procura de leitores»
«Livros à procura de leitores»:
O livro "Dez dedos de conversa" de António Torrado foi o primeiro a procurar leitores na nossa biblioteca. Com a ajuda de umas luvas especiais, com dez personagens bem conhecidos e divertidos, o grupo de alunos inscritos neste clube de leitura deixou-se apanhar por histórias que, com certeza, enriqueceram o seu imaginário. Os sorrisos e as gargalhadas comprovaram-no... :-)
Aparece também na próxima sessão, dia 31 de outubro, entre as 14h00 e as 14h30, na Biblioteca!
A propósito do mês do idoso, os alunos são convidados a descrever os seus avós. Até agora, é só doçura naquele papel...
Escreve também aquilo que o teu avô e a tua avó são para ti!
Gatos
http://illustrators.ru/illustrations/351663
«Os meus gatos já deixaram há muito tempo de brincar com as minhas baratas. A Ofélia tem 12 anos, seis meses e sete dias. O Guizos, segundo o Dr. Morais, tem 9 anos. Entretanto gatos morreram, gatos desapareceram. Estou a escrever isto no computador e não sei do Guizos há três dias.» Adília Lopes.
«Os meus gatos já deixaram há muito tempo de brincar com as minhas baratas. A Ofélia tem 12 anos, seis meses e sete dias. O Guizos, segundo o Dr. Morais, tem 9 anos. Entretanto gatos morreram, gatos desapareceram. Estou a escrever isto no computador e não sei do Guizos há três dias.» Adília Lopes.
Para fazer o retrato de um Pássaro
Pintar primeiro uma gaiola com a porta aberta. Pintar depois alguma coisa bonita, alguma coisa simples, alguma coisa bela, alguma coisa útil para o pássaro.
Encostar depois a tela a uma árvore num jardim, num parque ou numa floresta. Esconder-se atrás da árvore sem dizer nada, sem se mexer…
Por vezes o pássaro chega depressa, mas pode também demorar longos anos até se decidir. Não desanimar; esperar, durante anos, se necessário, pois não importa que o pássaro chegue depressa ou que demore, para se conseguir um bom quadro.
Quando o pássaro chegar, se chegar, manter o mais profundo silêncio, esperar que o pássaro entre na gaiola, e quando tiver entrado fechar suavemente a porta com o pincel.
Depois, apagar uma a uma todas as barras, tendo o cuidado de não tocar em nenhuma das penas do pássaro. Fazer depois o retrato da árvore, escolhendo o mais belo dos seus ramos para o pássaro. Pintar também a verde folhagem e a frescura do vento, a poeira do sol e o zumbido dos insetos no calor do verão e depois esperar que o pássaro se decida a cantar.
Se o pássaro não cantar é mau sinal, sinal de que o quadro é mau. Mas se cantar é bom sinal, sinal de que podes assinar.
Então, arranca muito suavemente uma das penas do pássaro e escreve o teu nome num canto do quadro.
(Amanhã podes pintar outro.)
Jacques Prévert
Para fazer o retrato de um Pássaro
terça-feira, 18 de outubro de 2016
«Velhas Árvores», Olavo Bilac
http://www.yelenabryksenkova.com/
Olha estas velhas árvores, mais belas
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olavo Bilac, in "Poesias"
Do que as árvores novas, mais amigas:
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas...
O homem, a fera, e o inseto, à sombra delas
Vivem, livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E os amores das aves tagarelas.
Não choremos, amigo, a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem:
Na glória da alegria e da bondade,
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!
Olavo Bilac, in "Poesias"
«Não tenho pressa», Alberto Caeiro
Não tenho pressa. Pressa de quê?
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega -
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E vivemos vadios da nossa realidade.
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
Não têm pressa o sol e a lua: estão certos.
Ter pressa é crer que a gente passa adiante das pernas,
Ou que, dando um pulo, salta por cima da sombra.
Não; não sei ter pressa.
Se estendo o braço, chego exactamente aonde o meu braço chega -
Nem um centímetro mais longe.
Toco só onde toco, não aonde penso.
Só me posso sentar aonde estou.
E isto faz rir como todas as verdades absolutamente verdadeiras,
Mas o que faz rir a valer é que nós pensamos sempre noutra coisa,
E vivemos vadios da nossa realidade.
E estamos sempre fora dela porque estamos aqui.
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos"
segunda-feira, 17 de outubro de 2016
Os poemas
Os Poemas
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Mário Quintana
Os poemas são pássaros que chegam
não se sabe de onde e pousam
no livro que lês.
Quando fechas o livro, eles alçam voo
como de um alçapão.
Eles não têm pouso
nem porto
alimentam-se um instante em cada par de mãos
e partem. E olhas, então, essas tuas mãos vazias,
no maravilhado espanto de saberes
que o alimento deles já estava em ti…
Mário Quintana
Madalena Matoso
Mês Internacional da Biblioteca Escolar 2016

Este é o tema definido pela International Association of School Librarianship (IASL) para o Mês Internacional da Biblioteca Escolar (MIBE).
Para 2016, o Gabinete da Rede de Bibliotecas Escolares estabelece 24 de outubro como Dia da Biblioteca Escolar em Portugal.
O concurso de ideias “Aprende a descodificar o teu mundo” é a iniciativa que a RBE lança este ano para assinalar o MIBE.
A biblioteca escolar faz parte do nosso mundo e se olharmos para ela com atenção, se percebermos o seu funcionamento, se a descodificarmos, seremos capazes de ter ideias que ajudem a torná-la (ainda) melhor.
O desafio consiste em apresentar uma ideia inovadora, que se consubstancie na criação de um produto ou ideia de melhoria de um serviço, relacionado com uma das áreas de trabalho da biblioteca escolar.
Até 31 de outubro, os alunos são desafiados a pôr a sua criatividade em ação e a apresentar uma ideia. Cada agrupamento/ escola não agrupada pode candidatar-se a este concurso, com a proposta que considerar melhor, de acordo com o regulamento anexo. A ideia vencedora, bem como os seus autores, serão premiados.
«Livros à procura de leitores»
A biblioteca da EB André de Resende está a organizar um clube de leitura intitulado «Livros à procura de leitores». Na EBAR, este clube funcionará às 2ªs feiras, das 14h00 às 14h30, com periodicidade quinzenal, a partir da próxima 2ª feira, dia 17 de outubro.
APARECE!
segunda-feira, 10 de outubro de 2016
sexta-feira, 7 de outubro de 2016
terça-feira, 4 de outubro de 2016
segunda-feira, 3 de outubro de 2016
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