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quinta-feira, 21 de abril de 2016

O IPDJ.IP e a BE a namorar com «fair play» durante o mês da abril com os alunos do 8º ano


A violência nas relações de intimidade tem, muitas vezes, inicio no namoro entre jovens e traduz-se numa relação desigual em que um dos elementos do casal pretende, através da violência, dominar e controlar a outra pessoa.

Esta ação de voluntariado pretende:

Prevenir a vitimização de jovens e a violência  com base nas desigualdades de género;
Combater a violência no namoro que afeta os elementos mais permeáveis da nossa sociedade;
Sensibilizar jovens para as questões da Igualdade de Género;
Eliminar estereótipos de género promovendo uma cultura de não-violência e cidadania participativa.

O 25 de Abril por Eduardo Gageiro






25 de abril, a partir da Visão Júnior


Fotografia de Eduardo Gageiro
     «25 de Abril de 1974. De madrugada, militares do MFA ocuparam os estúdios do Rádio Clube Português e, através da rádio, explicaram à população que pretendiam que o País fosse de novo uma democracia, com eleições e liberdades de toda a ordem. E punham no ar músicas de que a ditadura não gostava, como Grândola Vila Morena, de José Afonso.Ao mesmo tempo, uma coluna militar com tanques, comandada pelo capitão Salgueiro Maia, saiu da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém, e marchou para Lisboa. Na capital, tomou posições junto dos ministérios e depois cercou o quartel da GNR do Carmo, onde se tinha refugiado Marcelo Caetano, o sucessor de Salazar à frente da ditadura.Durante o dia, a população de Lisboa foi-se juntando aos militares. E o que era um golpe de Estado transformou-se numa verdadeira revolução. A certa altura, uma vendedora de flores começou a distribuir cravos. Os soldados enfiavam o pé do seu cravo no cano da espingarda e os civis punham a flor ao peito. Por isso se falava de Revolução dos Cravos. Foram dados alguns tiros para o ar, mas ninguém morreu nem foi ferido.Ao fim da tarde, Marcelo Caetano rendeu-se e entregou o poder ao general Spínola, que, embora não pertencesse ao MFA, não pensava da mesma maneira que o governo acerca das colónias.Um ano depois, a 25 de Abril de 1975, os portugueses votaram pela primeira vez em liberdade desde há muitas décadas.»

segunda-feira, 18 de abril de 2016

          O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de abril. Trata-se de uma data simbólica para a literatura, já que, segundo os vários calendários, neste dia desapareceram importantes escritores como Cervantes e Shakespeare, entre outros. A ideia da comemoração teve origem na Catalunha: a 23 de abril, dia de São Jorge, uma rosa é oferecida a quem comprar um livro. Mais recentemente, a troca de uma rosa por um livro tornou-se uma tradição em vários países do mundo.




«A imortal história do Cavaleiro da Triste Figura, que acompanhado pelo seu fiel escudeiro, Sancho Pança, avança por montes e vales, lutando contra moinhos de vento e cavaleiros imaginários em nome da justiça. Retrato do anti-herói, Dom Quixote, o fidalgo enlouquecido, representa a capacidade de transformação do homem em busca dos seus ideais.
Este grande livro é muito mais do que um romance de cavalaria. Pelo contrário, ao satirizar os romances de cavalaria em voga ao longo dos séculos XVI e XVII, o Dom Quixote afirma-se como o clássico fundador do romance moderno. O humor, as digressões e reflexões, a oralidade nas falas e a metalinguagem marcaram o fim da Idade Média na literatura.
Repleto de aventuras e situações fantásticas, este tem sido considerado um livro inesquecível para sucessivas gerações de leitores.»




«Poeta e dramaturgo inglês nascido em 1564, em Stratford-Upon-Avon, e falecido em 1616. O seu aniversário é comemorado a 23 de abril e sabe-se que foi batizado a 26 de abril de 1564. Stratford-Upon-Avon era então uma próspera cidade mercantil, uma das mais importantes do condado de Warwickshire. O seu pai, John Shakespeare, era um comerciante bem sucedido e membro do conselho municipal. A mãe, Mary Arden, pertencia a uma das mais notáveis famílias de Warwickshire. Shakespeare frequentou o liceu de Stratford, onde os filhos dos comerciantes da região aprendiam Grego e Latim e recebiam uma educação apropriada à classe média a que pertenciam. São conhecidos poucos factos da vida de Shakespeare entre a altura em que deixou o liceu e o seu aparecimento em Londres como ator e dramaturgo por volta de 1599.»

Dia 23 de abril, Dia Mundial do Livro


quinta-feira, 14 de abril de 2016

Falemos de Metas, um artigo de Maria Regina Rocha, no Público

«Os novos documentos programáticos da disciplina de Português, quer no Ensino Básico quer no Ensino Secundário, contêm directrizes que estabelecem, de forma clara e precisa, os desempenhos que, por princípio, os alunos devem evidenciar em cada ano de escolaridade.

É sabido que, com a formulação de objectivos, se descreve de uma forma genérica o que se pretende que seja atingido e que, com a formulação de metas, se especifica, se concretiza, se definem etapas, se marca o tempo, se mede (no caso de ser mensurável) a realização pretendida. No que diz respeito ao ensino, as metas são, assim, constituídas por descritores de desempenho que apresentam precisamente as realizações que o aluno deverá revelar no final de cada ano lectivo, para que o professor, os pais e o próprio aluno saibam que a aprendizagem se está a concretizar.
Especificando, no caso do português, por exemplo, no 2.º ano, correspondente ao objectivo 8 (“Compreender o essencial dos textos escutados e lidos”), são enunciados vários descritores de desempenho, de que se transcrevem três: “Antecipar conteúdos com base no título e nas ilustrações”, “Interpretar as intenções e as emoções das personagens de uma história” e “Fazer inferências (de sentimento – atitude)”. Para esta faixa etária, considera-se, então, que uma criança com um desenvolvimento cognitivo dentro da média e um ensino adequado deverá ser capaz de, até ao final do ano lectivo,
– ao ler o título do texto, ou ao analisar a ilustração, formular algumas hipóteses coerentes sobre o conteúdo do texto que vai ler;
– ao observar o que é referido sobre uma personagem (descrição do aspecto, atitudes, etc.), saber dizer o que é que a personagem pretende ou como é que ela se sente;
– ao observar o comportamento de uma personagem, compreender o que ela está a sentir (por exemplo, se a personagem bate palmas espontaneamente ao receber uma notícia, o que é que ela estará a sentir?).
Estes três descritores de desempenho não são mais do que metas por meio das quais se especifica o que o aluno deve revelar para mostrar que está a “compreender o essencial de um texto” (o objectivo acima referido).
No ensino, as metas caracterizam-se, então, como desempenhos
1) protagonizados pelo aluno;
2) até ao final do ano lectivo a que dizem respeito;
3) formulados de forma específica, objectiva, clara;
4) realistas, isto é, alcançáveis, mas simultaneamente algo desafiadores; e
5) mensuráveis, ou seja, que podem, de algum modo, ser medidos ou avaliados qualitativa ou quantitativamente.
Como foi questionada, num ou noutro artigo de opinião, a validade das metas que indicam velocidade de leitura, talvez valha a pena esclarecer este assunto.
Por exemplo, no 1.º ano de escolaridade, respeitante ao objectivo 7 (“Ler textos em voz alta”), entre outros descritores de desempenho surge o seguinte: “Ler um texto com articulação e entoação razoavelmente corretas e uma velocidade de leitura de, no mínimo, 55 palavras por minuto.”
Para se compreender bem o valor e a importância deste descritor de desempenho, deverá referir-se que a necessidade de que o aluno leia com fluência é consensual entre os especialistas em aprendizagem da leitura, havendo diversos artigos, nacionais e estrangeiros, em que se especifica o número mínimo de palavras a ler por minuto em cada um dos anos de escolaridade. Um aluno deverá adquirir o automatismo da leitura adequado ao seu nível etário, mediante um ensino adequado. Por exemplo, há mais de uma década já se divulgavam em Portugal estudos (bem anteriores) que salientavam essa necessidade imperiosa de ensinar a ler com velocidade, explicando-se que “A fluência de leitura, ou seja, a precisão e rapidez na descodificação, constitui um dos factores responsáveis pela compreensão daquilo que é lido, sendo determinante não apenas nas fases iniciais de aprendizagem da leitura, mas continuando a assumir um importante papel na compreensão, mesmo para os leitores não principiantes. (…) São a rapidez e precisão na descodificação que determinam a compreensão, e não o contrário” [1].
Acrescente-se que a fluência de leitura é a ponte entre a leitura e a compreensão, sendo avaliada por três indicadores: a velocidade (número de palavras por minuto), a precisão (ausência de erros) e a prosódia (cadência, entoação, ritmo). Um aluno fluente lê com desembaraço, com entoação adequada, com ritmo e cadência, sem errar, gaguejar ou silabar.
Há, pois, momentos para o aluno adquirir velocidade na leitura, outros para treinar a precisão e a prosódia, outros, ainda, para, lentamente, reler o texto e fazer exercícios de compreensão; e nada disto é incompatível, mas, sim, complementar.
E é fundamental que o professor e os pais tenham plena consciência de que, se um aluno não tiver velocidade de leitura, isto é, se não ler de forma automática (se soletrar, por exemplo), não lê verdadeiramente, não é capaz de estudar, e que isso comprometerá as suas aprendizagens futuras, visto que a maior parte do conhecimento escolar advém da leitura, do estudo.
O alcance desta meta até pode ter o contributo dos pais, que podem pedir ao filho que todos os dias lhes leia durante um minuto uma passagem de um texto (adequado ao seu nível etário, como é lógico). Testemunhos que nos chegam revelam que crianças assim estimuladas estão cada vez a ler com mais rapidez e melhor. O que importa é que, no final do ano, a criança seja capaz de ler aquele mínimo de palavras indicado. Se tal não acontecer, isso deverá suscitar um alerta no professor e nos pais (A criança vê bem? Ouve bem? Articula bem?...), de modo a que haja uma solução atempada para o eventual problema.
Quanto à questão, também por vezes levantada, sobre o que deverá acontecer se o aluno não atingir uma das metas, ela não é muito compreensível, pois, como no 1.º ano de escolaridade há 69 descritores de desempenho (a trabalhar em sensivelmente 230 tempos lectivos previstos para o Português), claro que o aluno, à semelhança do que acontece em qualquer tipo de avaliação, não fica retido se não revelar um dos desempenhos previstos…
Concluindo, os novos documentos programáticos da disciplina de Português, quer no Ensino Básico quer no Ensino Secundário, contêm, pois, directrizes que estabelecem, de forma clara e precisa, os desempenhos que, por princípio, os alunos devem evidenciar em cada ano de escolaridade. Assim, os professores e os pais sabem o que se espera dos alunos e poderão ajudá-los na sua aprendizagem, pois têm ao seu dispor referenciais exactos de ensino e de avaliação, que são, precisamente, as metas.
[1] Snow, Burns and Griffin (1998), Preventing reading difficulties in young children, citados por Inês Sim-Sim, Ler e Ensinar a Ler (2006), p. 53.
Professora, com formação em Filologia Românica e em Ciências da Educação, co-autora dos Programas e Metas Curriculares de Português»

segunda-feira, 11 de abril de 2016

Abril águas mil


Madalena Matoso


Afonso Cruz


Mistério, Florbela Espanca



Gosto de ti, ó chuva, nos beirados,
Dizendo coisas que ninguém entende!
Da tua cantilena se desprende
Um sonho de magia e de pecados.

Dos teus pálidos dedos delicados
Uma alada canção palpita e ascende,
Frases que a nossa boca não aprende,
Murmúrios por caminhos desolados.

Pelo meu rosto branco, sempre frio,
Fazes passar o lúgubre arrepio
Das sensações estranhas, dolorosas…

Talvez um dia entenda o teu mistério…
Quando, inerte, na paz do cemitério,
O meu corpo matar a fome às rosas!

Mário Quintana

Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora.
E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante.
Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo...

E continua a chover...

Cai a chuva, ploc, ploc
corre a chuva ploc, ploc
como um cavalo a galope.
Enche a rua, plás, plás
esconde a lua, plás, plás
e leva as folhas atrás.
Risca os vidros, truz, truz
molha os gatos, truz, truz
e até apaga a luz.
Parte as flores, plim, plim
maça a gente plim, plim
parece não ter mais fim.
Em: A Gata Tareca e Outros Poemas Levados da Breca, Luísa Ducla Soares, Teorema: 1990

Livro a livro...


É época de plantar!


quinta-feira, 7 de abril de 2016

Estes gaiatos são espetaculares, já conhecem o Prezi!


E se fosse eu? Fazer mochila e partir. Foi ontem! Mas poderá ser qualquer dia...

A Plataforma de Apoio aos Refugiados (PAR), em colaboração com a Direção-Geral da Educação (DGE), o Alto Comissariado para as Migrações, I.P. (ACM, I.P.) e o Conselho Nacional de Juventude (CNJ) encontram-‑se a preparar o lançamento de “E se fosse eu? Fazer a mochila e partir”, uma iniciativa de sensibilização das crianças e dos jovens para as dificuldades pelas quais os refugiados passam para fugir da guerra, procurando proteção humanitária.

A ação decorrerá no próximo dia 6 de abril, ao primeiro tempo da manhã em todo o país, em todas as escolas, através de uma sessão no decurso da qual será exibido um vídeo, mostrando o pouco que os refugiados transportam consigo. Neste dia, cada aluno será desafiado a levar a sua mochila com os bens que transportaria se estivesse no lugar de um refugiado (através de imagens ou, se possível, em formato físico), devendo depois partilhar a razão das suas escolhas.

A PAR, com o apoio do ACM, I.P., enviará brevemente aos Agrupamentos de Escolas um cartaz e folhetos, também disponíveis em formato digital em http://www.esefosseeu.pt/, a fim de promover a iniciativa.

Com o intuito de apoiar as escolas e os docentes que pretendam aderir à atividade, disponibiliza-se igualmente um guião com sugestões de abordagem e indicação de materiais de apoio.

Esta atividade tem por objetivo sensibilizar as crianças e os jovens para a realidade dos refugiados, promovendo assim o compromisso bem acolher quem procura proteção humanitária e concretizando os princípios de uma sociedade democrática e inclusiva.

Pela sua importância e relevo no contexto atual, apela-se às escolas para aderirem a esta iniciativa fazendo a inscrição prévia no portal da DGE, para efeitos estatísticos, em
http://area.dge.mec.pt/eu_participo.

segunda-feira, 4 de abril de 2016

A mensagem «Era uma vez»…, Luciana Sandroni


      Era uma vez uma… Princesa? Não.
     Era uma vez uma biblioteca. E também era uma vez a Luísa que foi à biblioteca pela primeira vez. A menina andava devagar, puxando uma mochila de rodinhas enoooorme. Ela olhava tudo muito admirada: Estantes e mais estantes recheadas de livros. Mesas, cadeiras, almofadas coloridas, desenhos e cartazes nas paredes.
     – Eu trouxe a foto – disse timidamente para a bibliotecária.
     – Ótimo, Luísa! Vou fazer sua carteira de sócia.
     Enquanto isso pode escolher o livro.
     Você pode escolher um livro para levar para casa, tá?
      – Só um?! – perguntou desapontada.
    De repente, tocou o telefone e a bibliotecária deixou a menina com aquela difícil tarefa de escolher
somente um livro diante daquela infinidade de estantes. Luísa puxou a mochila e procurou, procurou até que achou o seu favorito: Branca de Neve. Era uma edição de capa dura, com lindas ilustrações. Com o livro na mão, puxou a mochila novamente e, quando já saía, alguém bateu no seu ombro. A menina se virou e quase caiu para trás de susto: era nada mais, nada menos que o Gato de Botas com o livro dele nas mãos, quer dizer, nas patas!
    – Bom dia! Como vai sua tia? – brincou o gato fazendo uma reverência. - Luísa, você já não está careca de saber essas histórias de princesas? Por que não leva o meu livro, O Gato de Botas, que é bem mais divertido?
      Luísa, admiradíssima, com os olhos arregalados, não sabia o que dizer.
     – O que houve? O gato comeu a sua língua? – brincou.
     – Você é o Gato de Botas de verdade?!
    – Eu mesmo! Em pelo e osso! Pois, então, me leve para a sua casa e você saberá tudo sobre a minha história e a do Marquês de Carabás.
      A menina, de tão perplexa, só fez que sim com a cabeça.
     O Gato de Botas, num passe de mágica, voltou para o livro, e, quando a Luísa já saía, alguém bateu no seu ombro de novo. Era ela: “branca como a neve, corada como o sangue e de cabelos negros como ébano”. Já sabem quem é?
      – Branca de Neve!? – disse Luísa completamente abobada.
    – Luísa, me leva com você também. Essa edição – disse mostrando o próprio livro – é uma adaptação fiel do conto dos irmãos Grimm.
Quando a menina ia trocar de livro de novo, o Gato de Botas apareceu muito irritado:
      – Branca, a Luísa já se decidiu. Volte lá para os seus seis anões.
     – São sete! E ela não se decidiu coisa nenhuma! – se irritou a Branca ficando bem vermelha de raiva.
      Os dois encararam a menina esperando uma resposta:
      – Eu não sei qual levar. Eu queria levar todos…
      De repente, de repente, aconteceu a coisa mais extraordinária: os personagens todos foram saindo dos seus livros: a Cinderela, a Chapeuzinho Vermelho, a Bela Adormecida, a Rapunzel. Era um time de verdadeiras princesas:
      – Luísa, me leva para a sua casa! – suplicavam todas.
      – Eu só preciso de uma cama para dormir um pouquinho– disse a Bela bocejando.
      – Só cem anos, coisa pouca – ironizou o Gato.
      – Posso fazer a faxina na sua casa, mas à noite eu tenho uma festa no castelo do…
      – Príncipe! – gritaram todos.
      – Na minha cesta eu tenho bolo e vinho. Alguém quer? – ofereceu a Chapeuzinho.
    Depois surgiram mais personagens: o Patinho Feio, a Pequena vendedora de Fósforos, o Soldadinho de Chumbo e a Bailarina:
      – Luísa, podemos ir com você? Somos personagens do Andersen – pediu o Patinho Feio, que nem era assim tão feio.
      – A sua casa é quentinha? - Perguntou a menina dos fósforos.
    – Ihhh, se tiver lareira é melhor a gente ficar por aqui… – comentou o Soldadinho com a Bailarina.
Só que, subitamente, surgiu um lobo bem peludo, enorme, com os dentes afiados, bem ali na frente de
todos:
      – O Lobo Mau!!!!!
      – Lobo, por que essa boca tão grande? – perguntou a Chapeuzinho por força do hábito.
      - Eu protejo vocês! – disse o soldadinho muito corajoso.
      Foi então, que o Lobo abriu a maior bocarra e… Comeu todo mundo? Não. Só bocejou de sono e depois disse muito tranquilo:
    – Calma, pessoal. Eu só queria dar uma ideia. A Luísa leva o livro da Branca de Neve e nós podemos ir dentro da mochila, que é bem grande. Todos acharam a ideia muito boa:
       – Podemos, Luísa? – perguntou a Menina dos Fósforos que tremia de frio.
       – Tudo bem! – disse abrindo a mochila.
       Os personagens fizeram uma fila e foram entrando.
       – Primeiro as princesas! – reivindicou a Cinderela.
       Na última hora, os personagens brasileiros também apareceram: o Saci, o Caipora, uma boneca de pano muito tagarela, um menino muito maluquinho, uma menina com uma bolsa amarela, outra com a foto da bisavó colada no corpo, um reizinho mandão. Todos entraram.
        A mochila estava mais pesada que nunca. Como os personagens pesam!
        Luisa pegou o livro da Branca e a bibliotecária anotou tudo no fichário.
        Mais tarde, a menina entrou em casa na maior alegria, e a mãe gritou lá de dentro:
        – Chegou, filha?
        – Chegámos!

Luciana Sandroni (Rio de Janeiro, 1962)

E voltámos dois dias depois do Dia Internacional do Livro Infantil

          No dia 2 de abril comemora-se em todo o mundo o nascimento de Hans Christian Andersen. A partir de 1967, este dia passou a ser designado por Dia Internacional do Livro Infantil, chamando-se a atenção para a importância da leitura e para o papel fundamental dos livros para a infância.
       Para assinalar o Dia Internacional do Livro Infantil 2016, a 2 de abril, a DGLAB convidou o ilustrador Afonso Cruz, vencedor do Prémio Nacional de Ilustração do ano passado, para ser o autor da imagem do cartaz. Tal como tem sido habitual, o cartaz impresso é distribuído pelas Bibliotecas Municipais.

Recuperando o 2º período, Semana da Leitura, «Livros com chá, mães e pais», porque a escola dos seus filhos também é a sua escola