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quarta-feira, 12 de junho de 2013
sexta-feira, 7 de junho de 2013
quarta-feira, 5 de junho de 2013
O projeto «Mezinhas e Comezainas» acabou em comezainas na nossa cantina. Obrigada a todos os que colaboraram e que puderam vir almoçar connosco!
Um projeto do 6ºF, integrado no Ler+ Escrever Melhor, em parceria com o aLer+, com a BE e com a CERCI de Évora, que culminou com a edição muito limitada de um livro delicioso, orientado pelas professoras Mª José Diogo e Mª Helena Barreto e que foi hoje apresentado num almoço na nossa cantina.
Agradecemos a todos que colaboraram para que o livro chegasse às nossas mãos e agradecemos, especialmente, às nossas cozinheiras, às nossas funcionárias e à Sra. D. Rosa, o almoço maravilhoso que nos foi servido.
quarta-feira, 29 de maio de 2013
Se eu fosse...
Eszter-Schalle
Se eu fosse, um tema difícil de abordar, poderia ser tanta coisa poderia ser um pássaro a cantar, uma borboleta a voar, um peixe a nadar, uma borracha a apagar, um lápis a escrever, um cão a correr.
Se eu fosse, um tema difícil de abordar, poderia ser tanta coisa poderia ser um pássaro a cantar, uma borboleta a voar, um peixe a nadar, uma borracha a apagar, um lápis a escrever, um cão a correr.
Se eu fosse veterinária cuidaria dos
animais com todo o meu amor e carinho.
Se eu fosse astronauta iria visitar
todos os planetas e veria todas as criaturas.
Se eu fosse uma flor não gostaria de
ser pisada, queria ficar numa jarra bem bonita a enfeitar uma mesa.
Se eu fosse o vento viajaria para todo o lado, faria brisas frescas no
verão e ventanias no inverno.
Se eu fosse uma casa gostaria de ser bem
tratada e estimada.
Se eu fosse um inseto andava de campo
em campo, de flor em flor em busca de néctar para beber, era uma vida sem
preocupações.
Se eu fosse um gato comia e dormia o
dia inteiro.
Se eu fosse o mundo não gostava de ser
poluído.
Se eu fosse uma caneta não gostava de
ser deixada numa gaveta.
Se eu fosse o sol dava luz todos os dias a
todos os países do mundo.
Eu gostava de ser muitas coisas do
mundo inteiro e vale a pena sonhar porque um dia talvez consiga.
Beatriz Caeiro
6ºG
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Se eu fosse um caderno
Se eu fosse um
caderno seria pautado, quadriculado ou de desenho, não importa, desde que
pudessem escrever nas minhas folhas e que essas nunca mais acabassem.
Quando estivesse
cheia de histórias, poemas, desenhos ou até mesmo com autocolantes que as
raparigas, principalmente colocam em mim, eu ficaria completa e feliz.
Também fico a pensar que afinal sou útil para alguma
coisa como para a escola, para um livro de histórias e poemas, ou um simples
caderno de desenhos cheia de rabiscos e com imensas cores e que ao mesmo tempo
ficam tão bem que os outros cadernos também gostavam de ter essas cores. Mas eu
até posso ser um caderno porque na minha cabeça tenho muitas coisas guardadas
que jamais me esqueceria e que se eu fosse mesmo um caderno já não tinha mais
espaço onde poderia escrever esta imensidão de memórias que ficam sempre
guardadas.
Beatriz Vizeu
6ºF
Rosario Elizalde
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Se eu fosse
Kaatje Vermeire
Se eu fosse feiticeira poderia enfeitiçar-me
e conseguir voar. Poderia esticar a mão e acabar com a poluição. Poderia fazer
chover comida e dinheiro para as pessoas viverem melhor e poderia voltar atrás
no tempo e apanhar o candeeiro da minha avó que deixei cair quando tinha quatro
anos. Partiu-se.
Se
eu fosse uma estrela brilharia toda a noite e olhava pelas pessoas. Brilharia
mais que o sol até que explodiria definitivamente.
Se eu fosse uma
gota de água poderia cair no chão e formar uma poça, ou escorregar numa
cascata. Poderia encher-me de sal e ai passaria a ser uma gota de água do mar.
Se
eu fosse uma máquina fotográfica poderia registar todos os momentos importantes
de uma vida e guardá-los-ia como se fosse ouro.
Se
eu fosse uma guitarra, as pessoas poderiam tocar-me. Poderia dar um concerto ou
ajudar uma criança a adormecer.
Eu poderia ser
muita coisa mas também gosto de ser como sou.
Inês Freire, 6ºG
Recuperando o Dia da Mãe, Herberto Hélder
FONTE
(II)
No
sorriso louco das mães batem as leves
gotas
de chuva. Nas amadas
caras
loucas batem e batem
os
dedos amarelos das candeias.
Que
balouçam. Que são puras.
Gotas
e candeias puras. E as mães
aproximam-se
soprando os dedos frios.
Seu
corpo move-se
pelo
meio dos ossos filiais, pelos tendões
e
órgãos mergulhados,
e
as calmas mães intrínsecas sentam-se
nas
cabeças filiais.
Sentam-se,
e estão ali num silêncio demorado e apressado,
vendo
tudo,
e
queimando as imagens, alimentando as imagens,
enquanto
o amor é cada vez mais forte.
E
bate-lhes nas caras, o amor leve.
O
amor feroz.
E
as mães são cada vez mais belas.
Pensam
os filhos que elas levitam.
Flores
violentas batem nas suas pálpebras.
Elas
respiram ao alto e em baixo. São
silenciosas.
E
a sua cara está no meio das gotas particulares
da
chuva,
em
volta das candeias. No contínuo
escorrer
dos filhos.
As
mães são as mais altas coisas
que
os filhos criam, porque se colocam
na
combustão dos filhos, porque
os
filhos estão como invasores dentes-de-leão
no
terreno das mães.
E
as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
e
atiram-se, através deles, como jactos
para
fora da terra.
E
os filhos mergulham em escafandros no interior
de
muitas águas,
e
trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
e
na agudeza de toda a sua vida.
E
o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
e
através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas
chávenas e nos garfos.
E
através da mãe o filho pensa
que
nenhuma morte é possível e as águas
estão
ligadas entre si
por
meio da mão dele que toca a cara louca
da
mãe que toca a mão pressentida do filho.
E
por dentro do amor, até somente ser possível
amar
tudo,
e
ser possível tudo ser reencontrado por dentro do amor.
Almada Negreiros
Pó, Pedro Mexia
Nas estantes os livros ficam
(até se dispersarem ou desfazerem)
enquanto tudo
passa. O pó acumula-se
e depois de limpo
torna a acumular-se
no cimo das lombadas.
Quando a cidade está suja
(obras, carros, poeiras)
o pó é mais negro e por vezes
espesso. Os livros ficam,
valem mais que tudo,
mas apesar do amor
(amor das coisas mudas
que sussurram)
e do cuidado doméstico
fica sempre, em baixo,
do lado oposto à lombada,
uma pequena marca negra
do pó nas páginas.
A marca faz parte dos livros.
Estão
marcados. Nós também.
Jessica Bagley
sexta-feira, 17 de maio de 2013
Cartas de amor... Teresa Bilo
Évora 26/04/13
Carlota, minha bela flor:
Estou a escrever porque te amo e não
consigo estar longe de ti. Onde quer que eu vá, oiço a tua voz doce que parece
a luz no meio da escuridão, quando olho para o mar vejo os teus olhos na linha
do horizonte.
Que saudades tenho de olhar para o
teu cabelo ao vento e de te abraçar. Quando não estás comigo fico perdido, mas
quando estás a meu lado iluminas-me o caminho para a felicidade.
Sem ti minha alma morre de desgosto
sem ter outro caminho a traçar. Por favor, volta para mim, não me deixes
abandonado nesta escuridão sem fim, pois só tu és a minha alegria e ninguém te
poderá substituir.
Não sou nada sem ti, nem irei ser se
não voltares para mim. Só tu és a alegria, o amor, a felicidade, a luz, o mar,
a terra e todo o universo. Por favor volta e não me deixes abandonado,
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