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segunda-feira, 23 de maio de 2016

OS HERÓIS, Susana Ramos,9ºA

OS HERÓIS

    Os heróis. Pessoas reais ou fictícias que se destacam das restantes como algo que sublinhamos a marcador num livro. Ao longo da nossa vida variam os requisitos necessários para admitirmos alguém como o nosso herói pessoal. É certo que nas raízes da nossa existência pouco mais exigíamos do que a capacidade de erguer objetos com o poder da mente ou uma luta renhida contra um vilão temível.
       No entanto, à medida que crescemos, algo heróico é muito mais que isso. É lutar pelas nossas crenças, pelos nossos sonhos e por aquilo que somos, independentemente das dificuldades impostas pela vida ou por outrem. E essas pessoas, mesmo que não tenham combatido a ameaça alienígena, tocam-nos. Tocam-nos num ponto tão profundo de nós próprios que, provavelmente, nem teríamos consciência que existia.
       Para tal é necessário algo comum, um propósito com o qual nos identificamos e pelo qual também lutamos. Pode ser uma doença, uma injustiça também presente na nossa realidade. É isso que nos desperta a atenção.
     É por isso que julgo que os heróis não são entes divinos, pináculos da criação, os exemplos mais imaculados daquilo que se deve ser ou da vida que devemos levar.
     Essas pessoas ou personagens sofrem, choram e vivem em permanente conflito com os seus defeitos ou com o mundo que os rodeia. É isso que os torna humanos, e é a sua resposta de força, persistência ou ousadia que nos inspiram a dar mais de nós todos os dias.
       No entanto há que existir um equilíbrio entre aquilo que somos e aquilo que queremos ser. O objetivo de elevarmos estas pessoas à condição de heróis não é tornarmo-nos cópias, mas sermos nós um herói autêntico. Uma versão melhorada da nossa existência, mais forte e mais capaz.
        Quem sabe, um dia, não seremos nós a inspiração de alguém.

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